A Mitologia e o Simbolismo de Quíron

As coisas não acontecem por acaso, tudo possui o seu motivo, o seu porquê e têm a sua hora.

Um exemplo disso, foi a descoberta de Kíron em 01/11/1977, pelo astrônomo norte-americano Charles T. Kowai; no Observatório Hale, em Pasadena, na Califórnia. Ele avistou u novo astro no Sistema Solar, que estava situado entre as órbitas de Saturno e Urano. Por ser muito maior que um asteróide, mas pequeno demais para ser considerado um planeta, foi classificado como um planetóide. E, como não podia deixar de seguir a tradição astronômica, que designa os demais planetas com nomes de personagens da mitologia grega, Kowal deu a esse novo astro o nome do rei dos Centauros: Quíron.

A partir daí, astrólogos foram realizando pesquisas, baseados no simbolismo do mito de Quíron, como outros astrólogos (no passado) fizeram em relação à Netuno, Urano e Plutão.

Quíron foi um grande mestre-astrólogo e/ou um rei-sacerdote, que iniciou terapeutas, guerreiros e magos. Era hábil na caça, na música, na arte da guerra, na astrologia e na medicina. Foi o fundador de Asclépio, o antigo templo de cura; assim como, foi o mestre de Aquiles, de Orfeu, de Jasão, de Hércules e outros heróis e guerreiros.

Seus avós são Urano (o Pai Celeste) e Gaia (Mãe Terra); seus pais são Cronos (Saturno) e Réia (Vênus), mas ele nasceu (realmente) de uma união ilícita entre Cronos, que havia tomado a forma de um cavalo, e Fílria, uma ninfa do mar. Por isso, Kíron é meio humano e meio animal, e pertence tanto à terra como ao mar. Foi casado com uma deusa da água, e sua filha foi Téia, que significa "o ser brilhante da Lua". Téia foi uma vidente e astróloga muito famosa na antigüidade. Após sua morte, Téia ascendeu às estrelas e tornou-se a constelação de Pégasus.

Como havia passado por muitos sofrimentos e, mesmo tendo se tornado mestre nas artes curativas, jamais conseguiu tratar de sua própria ferida. Por isso, era conhecido como o Curador Ferido.

Está ferida foi causada quando, durante um jantar com outros Centauros, ocorreu uma briga e ele acabou sendo flechado na coxa, (erroneamente) por Hércules. Esta flecha, envenenada, continha o sangue da Hidra de Lerna (veneno esse, que ele mesmo havia ensinado Hércules a fabricar).

Por seu dom curador, recebeu dos deuses, como recompensa, o dom da imortalidade. Mas preferiu a morte, graças a uma troca de destino com Prometeu; aceitando-a de maneira tranqüila, uma vez que, em vida, não conseguiria curar-se da própria ferida. Depois de nove dias, foi imortalizado, na forma da constelação do Centauro.

Quíron também rege os cristais. E eles, podem ser ótimos instrumentos de cura, porque constituem uma luz branca congelada em forma rígida mineral hexagonal saturnina.

Se você possui um trauma de vida passada ou uma doença em algum ponto do seu corpo, durante cada vida completa o seu Eu Superior tentará irromper através daquele ponto, daquela densidade. Isto quer dizer, que você ficará doente naquele ponto até limpá-lo, até transformar aquele ponto em luz branca pura e cristalina.

Enfim, Quíron é um mestre de coragem, um mestre de limpeza de tudo o que não é forte e saudável.

Astrologicamente, Quíron se relaciona aos temas de dor e de cura. Ele representa nossas feridas psicológicas mais profundas, muitas das quais tiveram origem na infância ou são inconscientes, e que bloqueiam nossa trajetória de vida. Também, indica as áreas físicas em que somos mais vulneráveis; assim como, a nossa tendência para atrair situações que nos trazem mais sofrimento, reativando assim emoções dolorosas do passado. Ao mesmo tempo, ele revela que a cura só pode ser encontrada quando aceitamos e damos à ela um significado real.

Num mapa astral, Quíron aponta as situações ou fases nas quais lutamos incessantemente por algo - um ideal, um relacionamento ou uma carreira, por exemplo - sem conseguirmos nenhum resultado positivo, o que nos leva a acreditar que a vida é apenas uma sucessão de esforços inúteis, que só nos trazem sofrimento. Mas, por trás dessas batalhas, aparentemente sem sentido, é que está a mensagem de que precisamos enfrentar o fim das coisas.

Quíron representa, enfim, o nosso guia interno, que nos revela o caminho de nossa jornada ao longo da vida.

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